Caro leitor, quebro minha rotina de 1 post por semana para escrever algo que a muito tempo tenho ficado indignado, inicialmente este post estaria destinado a ser postado daqui 2 semanas, mas com as noticias do jornal de que o futuro de Daiane dos Santos, Jade Barbosa e outros atletas da Ginastica brasileira estão incertos, resolvi postar hoje o desabafo.
A verdadeira face do esporte Brasileiro.
Futebol, Basquete, Vôlei, o que eles tem em comum?
Altos salários, investimento de empresas, recursos financeiros, infra-estrutura, mídia e um pouco mais.
Agora se você não pratica algum desses esportes? Reze muito, mas muito mesmo porque você esta lascado.
Todo mundo diz que o brasileiro é batalhador e não desiste nunca (já dizia a propaganda de tv), mas as pessoas não fazem idéia de como é a vida de um atleta brasileiro que não pratica um destes 3 populares esportes.
Há mais de um ano que vejo noticias no jornal de que Diego Hipólito e a equipe de Ginástica do Brasil com base residente no Rio, treinando na Gávea, não tem mais verba para continuar os treinamentos, e o presidente Marcio Braga tem dito que vai fechar o local.
No Pan de 2007 no Rio, vimos o desabafo do homem mais rápido do mundo nas águas, César Cielo, dizendo que não recebia verba da confederação, e tinha se mudado para fora do Brasil (indo para os EUA) para pode ter condições melhores de treino, por conta própria.
A mais ou menos uma semana li outra noticia dizendo que outros brasileiros da natação estão seguindo os caminhos de César, e também tem se mudado para os EUA, para treinar em lugares de alto rendimento, e com boa infra-estrutura.
O Handebol não aparece em uma noticia esportiva faz mais de 1 ano. Não se sabe como esta a vida dos jogadores que jogam este esporte que um dia foi também muito popular neste país. A ultima noticia que tive foi que os jogadores da seleção trabalham com outras coisas durante o dia para depois treinarem e terem verba para se sustentarem.
A mesma coisa acontece no pólo que tem em grandes jogadores, grandes trabalhadores que se esforçam muito durante o dia-a-dia para poder ter condições de representar o Brasil.
No Badminton (experiência própria), não há incentivos financeiros por parte de empresas, a confederação tem dificuldades até para montar os campeonatos, e recebem uma verba insignificante do COB por ano... lembrando a todos que é um esporte olímpico.
No Remo, as coisas acontecem por esforço dos atletas que em sua maioria treinam em locais públicos, como a Raia da USP em São Paulo, o na Baia de Guanabara no Rio de Janeiro.
Sem contar os outros esportes que até me faltam informações para mencionar nesta coluna.
A verdade é que: como atleta brasileiro, tenho vergonha e me sinto humilhado de ser brasileiro.
Viajei para alguns lugares no Mundo, e nunca vi tamanho descaso com o esporte em um País como vejo neste. As pessoas sonham que o Brasil será uma potencia esportiva nas Olimpíadas de 2016, mas se as coisas não mudarem e MUITO RAPIDO, nós passaremos a maior vergonha mundial de todos os tempos. O maior fisco já visto na história de um País organizador dos jogos.
Atletas que se dedicam mais ao trabalho do que ao esporte por não ter outra opção para sobreviver, que saem para fora do país por conta própria, através do “Paitrocinio”, ou atletas que recebem uma miséria dentro do país para poder praticar o esporte, e mal tem dinheiro para sobreviver.
A verdade é que todo brasileiro que encontrar na rua um atleta nacional, deveria parar por um minuto e pensar: esse cara tem MUITO orgulho e MUITA paixão pelo Brasil para passar tudo o que passa e ainda assim querer representar nosso país em alguma competição.
Já diziam os técnicos das equipes internacionais quando vem ao país: Vocês tem vários dos maiores potenciais esportivos do mundo, e dentro de alguns anos se as coisas melhorarem e correrem no lugar, terão as maiores potencias do mundo.
O problema é que aqui, as coisas não ocorrem na maneira certa, o poder publico tem descaso com os atletas, as empresas nacionais estão pouco se lixando para o que um atleta brasileiro pode trazer de retorno para elas e nós ficamos por conta própria nesta luta de subir no lugar mais alto do pódio.
O atleta brasileiro não tem como maior adversário, seu adversário (por incrível que pareça), ele tem como maior adversário as condições de sobrevivência, a infra-estrutura, a motivação para continuar jogando um esporte que ele sabe não ter futuro, isso e muito mais.
Imaginem o que é para um atleta de um esporte menos popular, ler nos jornais que um Bi Campeão Mundial como Diego Hipólito, medalhista de prata nos Jogos Olímpicos, uma pessoa conhecida em todo o Brasil e popular, não tem patrocínio, e terá que parar de praticar seu esporte por falta de verba. Qual é a motivação que este atleta tem para continuar jogando?
Nós lutamos diariamente porque amamos a pátria acima de tudo, porque amamos o que fazemos e o fazemos com muito orgulho. Superamos os nossos limites e os limites do país para poder mostrar que nós somos guerreiros. E merecemos respeito.
Vivemos na esperança de que UM DIA, isso vai mudar, um dia teremos condições melhores e teremos verba o suficiente para poder treinar sem nos preocupar de que teremos o local de treino aberto no dia seguinte.
Vivemos de um sonho, de uma esperança, que é a ultima a morrer, temos o desejo de provar que mesmo com todas as adversidades, com tamanhos problemas em nossas vidas, somos os melhores do mundo naquilo que fazemos (é bem verdade que nem sempre conseguimos, mas tentamos ao maximo)
O Brasil trata muito mal seus atletas, pessoas que representam o próprio país que lhes pisa, tem descaso, falta de interesse em ajudar, e agora que os Jogos Olímpicos vem para cá, querem resultados imediatos e futuros.
Eu lhes pergunto do fundo do coração, (depois de ler tudo isso nos jornais) COMO?
Fica a pergunta a todos os leitores e a esperança que nunca morre, uma ajuda daqueles a quem representamos!
Este é o desabafo não de uma estrela do esporte nacional, mas sim de um atleta comum, um atleta que assim como tantos outros, vive na escuridão da mídia e do sucesso, a espera de que um dia as coisas mudem. Para melhor.
Escrito por Filipe Toledo
Futebol, Basquete, Vôlei, o que eles tem em comum?
Altos salários, investimento de empresas, recursos financeiros, infra-estrutura, mídia e um pouco mais.
Agora se você não pratica algum desses esportes? Reze muito, mas muito mesmo porque você esta lascado.
Todo mundo diz que o brasileiro é batalhador e não desiste nunca (já dizia a propaganda de tv), mas as pessoas não fazem idéia de como é a vida de um atleta brasileiro que não pratica um destes 3 populares esportes.
Há mais de um ano que vejo noticias no jornal de que Diego Hipólito e a equipe de Ginástica do Brasil com base residente no Rio, treinando na Gávea, não tem mais verba para continuar os treinamentos, e o presidente Marcio Braga tem dito que vai fechar o local.
No Pan de 2007 no Rio, vimos o desabafo do homem mais rápido do mundo nas águas, César Cielo, dizendo que não recebia verba da confederação, e tinha se mudado para fora do Brasil (indo para os EUA) para pode ter condições melhores de treino, por conta própria.
A mais ou menos uma semana li outra noticia dizendo que outros brasileiros da natação estão seguindo os caminhos de César, e também tem se mudado para os EUA, para treinar em lugares de alto rendimento, e com boa infra-estrutura.
O Handebol não aparece em uma noticia esportiva faz mais de 1 ano. Não se sabe como esta a vida dos jogadores que jogam este esporte que um dia foi também muito popular neste país. A ultima noticia que tive foi que os jogadores da seleção trabalham com outras coisas durante o dia para depois treinarem e terem verba para se sustentarem.
A mesma coisa acontece no pólo que tem em grandes jogadores, grandes trabalhadores que se esforçam muito durante o dia-a-dia para poder ter condições de representar o Brasil.
No Badminton (experiência própria), não há incentivos financeiros por parte de empresas, a confederação tem dificuldades até para montar os campeonatos, e recebem uma verba insignificante do COB por ano... lembrando a todos que é um esporte olímpico.
No Remo, as coisas acontecem por esforço dos atletas que em sua maioria treinam em locais públicos, como a Raia da USP em São Paulo, o na Baia de Guanabara no Rio de Janeiro.
Sem contar os outros esportes que até me faltam informações para mencionar nesta coluna.
A verdade é que: como atleta brasileiro, tenho vergonha e me sinto humilhado de ser brasileiro.
Viajei para alguns lugares no Mundo, e nunca vi tamanho descaso com o esporte em um País como vejo neste. As pessoas sonham que o Brasil será uma potencia esportiva nas Olimpíadas de 2016, mas se as coisas não mudarem e MUITO RAPIDO, nós passaremos a maior vergonha mundial de todos os tempos. O maior fisco já visto na história de um País organizador dos jogos.
Atletas que se dedicam mais ao trabalho do que ao esporte por não ter outra opção para sobreviver, que saem para fora do país por conta própria, através do “Paitrocinio”, ou atletas que recebem uma miséria dentro do país para poder praticar o esporte, e mal tem dinheiro para sobreviver.
A verdade é que todo brasileiro que encontrar na rua um atleta nacional, deveria parar por um minuto e pensar: esse cara tem MUITO orgulho e MUITA paixão pelo Brasil para passar tudo o que passa e ainda assim querer representar nosso país em alguma competição.
Já diziam os técnicos das equipes internacionais quando vem ao país: Vocês tem vários dos maiores potenciais esportivos do mundo, e dentro de alguns anos se as coisas melhorarem e correrem no lugar, terão as maiores potencias do mundo.
O problema é que aqui, as coisas não ocorrem na maneira certa, o poder publico tem descaso com os atletas, as empresas nacionais estão pouco se lixando para o que um atleta brasileiro pode trazer de retorno para elas e nós ficamos por conta própria nesta luta de subir no lugar mais alto do pódio.
O atleta brasileiro não tem como maior adversário, seu adversário (por incrível que pareça), ele tem como maior adversário as condições de sobrevivência, a infra-estrutura, a motivação para continuar jogando um esporte que ele sabe não ter futuro, isso e muito mais.
Imaginem o que é para um atleta de um esporte menos popular, ler nos jornais que um Bi Campeão Mundial como Diego Hipólito, medalhista de prata nos Jogos Olímpicos, uma pessoa conhecida em todo o Brasil e popular, não tem patrocínio, e terá que parar de praticar seu esporte por falta de verba. Qual é a motivação que este atleta tem para continuar jogando?
Nós lutamos diariamente porque amamos a pátria acima de tudo, porque amamos o que fazemos e o fazemos com muito orgulho. Superamos os nossos limites e os limites do país para poder mostrar que nós somos guerreiros. E merecemos respeito.
Vivemos na esperança de que UM DIA, isso vai mudar, um dia teremos condições melhores e teremos verba o suficiente para poder treinar sem nos preocupar de que teremos o local de treino aberto no dia seguinte.
Vivemos de um sonho, de uma esperança, que é a ultima a morrer, temos o desejo de provar que mesmo com todas as adversidades, com tamanhos problemas em nossas vidas, somos os melhores do mundo naquilo que fazemos (é bem verdade que nem sempre conseguimos, mas tentamos ao maximo)
O Brasil trata muito mal seus atletas, pessoas que representam o próprio país que lhes pisa, tem descaso, falta de interesse em ajudar, e agora que os Jogos Olímpicos vem para cá, querem resultados imediatos e futuros.
Eu lhes pergunto do fundo do coração, (depois de ler tudo isso nos jornais) COMO?
Fica a pergunta a todos os leitores e a esperança que nunca morre, uma ajuda daqueles a quem representamos!
Este é o desabafo não de uma estrela do esporte nacional, mas sim de um atleta comum, um atleta que assim como tantos outros, vive na escuridão da mídia e do sucesso, a espera de que um dia as coisas mudem. Para melhor.
Escrito por Filipe Toledo
Gosto de conteúdos críticos e vorazes... a verdade nua e crua, sem anestesia local...
ResponderExcluirBelo post.....
abs
Fique à vontade para ler os meus.... Alguns tb são vorazes, rs.